O Ministério da Educação admitiu, por meio de sua assessoria de imprensa, que houve vazamento do conteúdo da prova antes de sua realização.
Estudantes do Colégio Christus, em Fortaleza, tiveram acesso a questões similares em um simulado interno do centro educacional, de acordo com a Veja.
"Pelas informações que apuramos pelas redes sociais, os alunos tiveram acesso a nove questões da prova", disse o MEC. "Estudamos a possibilidade de cancelar a prova dos alunos desse colégio. Caso isso ocorra, eles farão a prova no final do mês. Se ficar apurado envolvimento da escola, a instituição será processada".
O MEC já acionou a Polícia Federal para apurar, entre outras questões, como as questões da prova foram parar nas redes sociais.
Ao mesmo tempo, o procurador da República no Ceará Oscar Costa Filho vai pedir ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionaios (Inep), autarquia do MEC responsável pelo Enem, a anulação de 14 questões do exame.
As imagens do exame do Enem e do simulado do Colégio Christus podem ser vistas abaixo.
O procurador Oscar Filho declarou à Veja: "As imagens são provas irrefutáveis de que houve desequilíbrio no exame, favorecendo uns poucos e prejudicando milhões", diz o procurador. "No momento, a preocupação não é descobrir como as questões foram parar no simulado da escola, mas, sim, evitar que o exame seja desigual a todos os seus participantes".
O procurador ressaltou que, caso o Inep se recuse a anular as questões, o Ministério Público Federal no Ceará dará início a um processo judicial exigindo a anulação das perguntas e até a suspensão do Enem 2011.
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