O Ministério Público Federal no Ceará vai recomendar ao MEC que anule o Enem 2011 em todo o País após a revelação de um suposto simulado do Colégio Christus, de Fortaleza, com questões idênticas às do exame, aplicado no fim de semana.
O procurador da República Oscar Costa Filho soube do caso por meio de estudantes cearenses, que procuraram o MPF para denunciar o suposto vazamento da prova.
“É necessário que se imponha, de uma vez, a constitucionalidade no Enem, o que significa o direito de candidatos que se sentirem prejudicados recorrer”, diz Costa Filho. Para ele, houve vazamento de provas do exame.
O MEC já acionou a Polícia Federal para apurar o caso e, por isso, o procurador não vê a necessidade de recorrer à Justiça. Mas Costa Filho diz que há provas constituídas para determinar a irregularidade que, segundo ele, não é mais pontual e atinge todos os candidatos inscritos no País.
Pelo Twitter o Colégio Christus afirmou: “Não houve qualquer ato deliberado por parte da escola no sentido que estão dizendo”. No Facebook, postou na terça-feira à noite a seguinte mensagem: “[u]ma Instituição de Ensino que tenha profundo conhecimento da TRI – Teoria da Resposta ao Item – e possua vasto banco de questões fornecidas por professores, por ex-alunos e pela conversão de questões do estilo clássico para estilo Enem poderá ter boa margem de acertos nas avaliações do Enem e em outros vestibulares. O Colégio Christus, há vários anos, tem registrado altos índices de acertos em questões de vestibulares, o que é de conhecimento de todos”.
Para Costa Filho, houve quebra de igualdade na disputa. Ele ressalta o fato de as questões serem idênticas. “São indícios de que houve, sim, vazamento.”
Segundo o procurador, o episódio comprova o que havia afirmado na sexta-feira, véspera da aplicação do exame. “O Enem é um estelionato intelectual”, disse.
O procurador da República Oscar Costa Filho soube do caso por meio de estudantes cearenses, que procuraram o MPF para denunciar o suposto vazamento da prova.
“É necessário que se imponha, de uma vez, a constitucionalidade no Enem, o que significa o direito de candidatos que se sentirem prejudicados recorrer”, diz Costa Filho. Para ele, houve vazamento de provas do exame.
O MEC já acionou a Polícia Federal para apurar o caso e, por isso, o procurador não vê a necessidade de recorrer à Justiça. Mas Costa Filho diz que há provas constituídas para determinar a irregularidade que, segundo ele, não é mais pontual e atinge todos os candidatos inscritos no País.
Pelo Twitter o Colégio Christus afirmou: “Não houve qualquer ato deliberado por parte da escola no sentido que estão dizendo”. No Facebook, postou na terça-feira à noite a seguinte mensagem: “[u]ma Instituição de Ensino que tenha profundo conhecimento da TRI – Teoria da Resposta ao Item – e possua vasto banco de questões fornecidas por professores, por ex-alunos e pela conversão de questões do estilo clássico para estilo Enem poderá ter boa margem de acertos nas avaliações do Enem e em outros vestibulares. O Colégio Christus, há vários anos, tem registrado altos índices de acertos em questões de vestibulares, o que é de conhecimento de todos”.
Para Costa Filho, houve quebra de igualdade na disputa. Ele ressalta o fato de as questões serem idênticas. “São indícios de que houve, sim, vazamento.”
Segundo o procurador, o episódio comprova o que havia afirmado na sexta-feira, véspera da aplicação do exame. “O Enem é um estelionato intelectual”, disse.
PF apura o vazamento das provas
O Ministério da Educação (MEC) acionou a Polícia Federal (PF) para apurar o suposto vazamento do conteúdo da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
A notícia do vazamento veio à tona após um aluno do Colégio Christus publicar em uma rede social cópias de fotos de apostilas com questões semelhantes às do exame, aplicado no último final de semana. Embora o material não possua qualquer identificação do estabelecimento de ensino, o próprio ministério, por meio de sua assessoria, afirma que os estudantes do colégio tiveram acesso ao conteúdo há algumas semanas. A PF vai investigar como isso ocorreu. Ainda segundo o MEC, o diretor da escola corre risco de prisão.
O MEC monitora desde sábado o tráfego nas redes sociais e notou que havia atividade acima do normal em Fortaleza. Para o ministério, das 14 questões divulgadas no Facebook, 9 são idênticas às do Enem, 1 é “similar”, e as outras 4 não se parecem com às da prova.
O procurador Oscar Costa Filho, do MPF no Ceará, já tem em mãos uma cópia do simulado do Colégio Christus, e pretende pedir esclarecimentos ao MEC.
Criado em 1998, o exame ganhou importância nos últimos anos ao se tornar pré-requisito para os interessados em bolsas de estudo do Programa Universidade para Todos (ProUni). Ganhou ainda mais peso em 2009, quando passou a substituir o vestibular de boa parte das universidades públicas. Este ano, cerca de 4 milhões de candidatos fizeram o Enem no último fim de semana em 14 mil locais de provas de 1,6 mil cidades. O contrato de aplicação do Enem teve aumento de 190% em relação ao ano passado: saltou de R$ 128,5 milhões, em 2010, para R$ 372,5 milhões.
A notícia do vazamento veio à tona após um aluno do Colégio Christus publicar em uma rede social cópias de fotos de apostilas com questões semelhantes às do exame, aplicado no último final de semana. Embora o material não possua qualquer identificação do estabelecimento de ensino, o próprio ministério, por meio de sua assessoria, afirma que os estudantes do colégio tiveram acesso ao conteúdo há algumas semanas. A PF vai investigar como isso ocorreu. Ainda segundo o MEC, o diretor da escola corre risco de prisão.
O MEC monitora desde sábado o tráfego nas redes sociais e notou que havia atividade acima do normal em Fortaleza. Para o ministério, das 14 questões divulgadas no Facebook, 9 são idênticas às do Enem, 1 é “similar”, e as outras 4 não se parecem com às da prova.
O procurador Oscar Costa Filho, do MPF no Ceará, já tem em mãos uma cópia do simulado do Colégio Christus, e pretende pedir esclarecimentos ao MEC.
Criado em 1998, o exame ganhou importância nos últimos anos ao se tornar pré-requisito para os interessados em bolsas de estudo do Programa Universidade para Todos (ProUni). Ganhou ainda mais peso em 2009, quando passou a substituir o vestibular de boa parte das universidades públicas. Este ano, cerca de 4 milhões de candidatos fizeram o Enem no último fim de semana em 14 mil locais de provas de 1,6 mil cidades. O contrato de aplicação do Enem teve aumento de 190% em relação ao ano passado: saltou de R$ 128,5 milhões, em 2010, para R$ 372,5 milhões.
MEC cancela provas de 639 alunos
O Ministério da Educação (MEC) decidiu cancelar as provas dos 639 estudantes do Colégio Christus, de Fortaleza (CE).
O ministério reconheceu ontem que um simulado feito pelo colégio, duas semanas antes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), continha nove questões idênticas às do exame –aplicado no fim de semana passado para 5,4 milhões de alunos em todo o país.
As questões do simulado foram divulgadas ontem em um perfil do Facebook. Dos 14 itens expostos na rede social, 9 eram idênticos às questões apresentadas pelo Enem.
A Polícia Federal foi acionada para investigar o caso. Uma das hipóteses trabalhadas é que as questões vazaram pelo pré-teste do Enem.
A cada ano, o Inep (instituto do MEC responsável pelo exame) aplica provas para alunos de diferentes escolas do país para testar o nível de dificuldade dos itens.
Essas questões, após serem testadas, podem fazer parte do banco de itens, de onde saem as questões do Enem.
O Colégio Christus foi um dos selecionados para o pré-teste do Enem 2011.
Em nota, a escola informou que as mesmas questões foram usadas em pré-testes realizados pelo ministério. Para o colégio, as questões podem ter entrado em um banco de perguntas da própria instituição por sugestão de alunos que fizeram pré-testes, “sem o conhecimento da escola no que diz respeito à origem desses dados”.
Com o cancelamento das provas dos alunos do Colégio Christus, os 639 alunos do terão que refazê-la no final de novembro, quando o exame será aplicado à população carcerária.
O ministério reconheceu ontem que um simulado feito pelo colégio, duas semanas antes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), continha nove questões idênticas às do exame –aplicado no fim de semana passado para 5,4 milhões de alunos em todo o país.
As questões do simulado foram divulgadas ontem em um perfil do Facebook. Dos 14 itens expostos na rede social, 9 eram idênticos às questões apresentadas pelo Enem.
A Polícia Federal foi acionada para investigar o caso. Uma das hipóteses trabalhadas é que as questões vazaram pelo pré-teste do Enem.
A cada ano, o Inep (instituto do MEC responsável pelo exame) aplica provas para alunos de diferentes escolas do país para testar o nível de dificuldade dos itens.
Essas questões, após serem testadas, podem fazer parte do banco de itens, de onde saem as questões do Enem.
O Colégio Christus foi um dos selecionados para o pré-teste do Enem 2011.
Em nota, a escola informou que as mesmas questões foram usadas em pré-testes realizados pelo ministério. Para o colégio, as questões podem ter entrado em um banco de perguntas da própria instituição por sugestão de alunos que fizeram pré-testes, “sem o conhecimento da escola no que diz respeito à origem desses dados”.
Com o cancelamento das provas dos alunos do Colégio Christus, os 639 alunos do terão que refazê-la no final de novembro, quando o exame será aplicado à população carcerária.
PROBLEMAS – Em 2009, o vazamento da prova provocou a reaplicação do exame para todos os candidatos do Enem. No ano passado, falhas de impressão e montagem das provas obrigaram centenas de estudantes a refazerem o exame.
Na edição deste ano, os alunos já haviam reclamado da mudança de locais de prova. O MEC chegou a modificar dez lugares de aplicação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e cerca de 4.500 estudantes foram remanejados.
Na edição deste ano, os alunos já haviam reclamado da mudança de locais de prova. O MEC chegou a modificar dez lugares de aplicação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e cerca de 4.500 estudantes foram remanejados.
Colégio nega acesso prévio às questões
O diretor da escola cearense que supostamente distribuiu a seus alunos uma apostila com algumas questões semelhantes às do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) afirmou que o colégio não teve acesso antecipado ao conteúdo da prova aplicada no último final de semana. Segundo Davi Rocha, a “coincidência” pode ter sido causada pela metodologia empregada para a confecção do teste.
“Estamos achando que o banco de questões da escola foi alimentado por perguntas pré-testadas”, disse Rocha. O diretor lembra que as questões que compõem a prova do Enem são testadas previamente – para avaliar o grau de dificuldade do item – por meio de avaliações aplicadas a alguns estudantes. Depois desse primeiro teste, as questões são incluídas em um grande banco de itens que fica à disposição do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão responsável pela elaboração do Enem.
De acordo com Rocha, alguns alunos do Colégio Christus participaram do último pré-teste e podem ter apresentado as questões a seus professores para que elas fossem resolvidas em sala de aula. Posteriormente, os docentes podem ter incluído essas perguntas no banco de dados da própria escola, alimentado, de acordo com Rocha, com questões de testes de vestibulares, concursos públicos e provas do Enem de anos anteriores.
“Estamos achando que tivemos acesso [às questões do Enem deste ano] sem saber, por meio das questões pré-testadas. Os alunos podem ter retirado essas questões dos pré-testes e submetido aos examinadores do colégio”, afirmou o diretor.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), nenhum aluno que participa do pré-teste fica com o caderno de questões. Diante das suspeitas, o ministério acionou a Polícia Federal (PF) para apurar o suposto vazamento da prova e estuda o cancelamento do teste aplicado aos 639 alunos do colégio Christus.
Este ano, o Enem foi aplicado a cerca de 4 milhões de estudantes distribuídos por 14 mil locais de 1,6 mil cidades.
Em nota, o colégio diz ainda que “desafia a lógica e agride o bom senso alguém imaginar que, tendo de alguma forma conseguido as questões que seriam aplicadas no Enem, fosse o colégio torná-las públicas, entre os seus alunos, dez dias antes do exame”.
“Estamos achando que o banco de questões da escola foi alimentado por perguntas pré-testadas”, disse Rocha. O diretor lembra que as questões que compõem a prova do Enem são testadas previamente – para avaliar o grau de dificuldade do item – por meio de avaliações aplicadas a alguns estudantes. Depois desse primeiro teste, as questões são incluídas em um grande banco de itens que fica à disposição do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão responsável pela elaboração do Enem.
De acordo com Rocha, alguns alunos do Colégio Christus participaram do último pré-teste e podem ter apresentado as questões a seus professores para que elas fossem resolvidas em sala de aula. Posteriormente, os docentes podem ter incluído essas perguntas no banco de dados da própria escola, alimentado, de acordo com Rocha, com questões de testes de vestibulares, concursos públicos e provas do Enem de anos anteriores.
“Estamos achando que tivemos acesso [às questões do Enem deste ano] sem saber, por meio das questões pré-testadas. Os alunos podem ter retirado essas questões dos pré-testes e submetido aos examinadores do colégio”, afirmou o diretor.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), nenhum aluno que participa do pré-teste fica com o caderno de questões. Diante das suspeitas, o ministério acionou a Polícia Federal (PF) para apurar o suposto vazamento da prova e estuda o cancelamento do teste aplicado aos 639 alunos do colégio Christus.
Este ano, o Enem foi aplicado a cerca de 4 milhões de estudantes distribuídos por 14 mil locais de 1,6 mil cidades.
Em nota, o colégio diz ainda que “desafia a lógica e agride o bom senso alguém imaginar que, tendo de alguma forma conseguido as questões que seriam aplicadas no Enem, fosse o colégio torná-las públicas, entre os seus alunos, dez dias antes do exame”.
Alunos consideram injusto refazer teste
Alunos do Colégio Christus consideram injusta a possibilidade de serem obrigados a refazer o Enem. Há cerca de três semanas, eles receberam um simulado preparado pela escola com 9 questões idênticas às do exame, realizado no fim de semana. O colégio afirma em nota que seu banco de questões pode ter recebido sugestões de alunos que realizaram o pré-teste do Enem, no ano passado.
O suposto vazamento de questões do Enem dominou as conversas de ontem na unidade de pré-vestibulares do Christus. Alunos disseram que receberam há três semanas os quatro cadernos que continham algumas questões idênticas às do Enem. O material, sem identificação do colégio e sem data, foi entregue por um professor que eles preferiram não identificar. De acordo com os estudantes, os cadernos sequer chegaram a ser corrigidos em sala de aula.
Os alunos acreditam que a coincidência das questões é fruto da dedicação da escola e dos professores. “São questões abertas e aplicadas de maneira recorrente. Estavam no banco de dados do Enem. Não temos culpa se nossos professores se esforçam mais que o das outras escolas. Não podemos ser punidos por isso”, disse a estudante Marinna Sá. “Se o MEC não usa questões inéditas, a gente não tem nada a ver com isso”, completa.
Para Marinna, não houve má-fé por parte do colégio. “Não foi só de véspera de prova (a entrega da revisão) como estão dizendo nas redes sociais. São questões pré-testadas e a que todo mundo tinha acesso. Nenhum colégio tem o direito de desmerecer o nosso trabalho, o trabalho dos nossos professores”, defende.
“Acho injusto ter de refazer, mas se essa for a decisão, a gente vai fazer e vai ter sucesso do mesmo jeito”, disse outra estudante, que pediu para não ser identificada.
Os alunos, no entanto, confirmaram que não é comum o colégio distribuir material sem a logomarca. Mas disseram não ter estranhado a iniciativa porque estão habituados a resolver diferentes apostilas ao longo do ano como método de preparação para o Enem.
O suposto vazamento de questões do Enem dominou as conversas de ontem na unidade de pré-vestibulares do Christus. Alunos disseram que receberam há três semanas os quatro cadernos que continham algumas questões idênticas às do Enem. O material, sem identificação do colégio e sem data, foi entregue por um professor que eles preferiram não identificar. De acordo com os estudantes, os cadernos sequer chegaram a ser corrigidos em sala de aula.
Os alunos acreditam que a coincidência das questões é fruto da dedicação da escola e dos professores. “São questões abertas e aplicadas de maneira recorrente. Estavam no banco de dados do Enem. Não temos culpa se nossos professores se esforçam mais que o das outras escolas. Não podemos ser punidos por isso”, disse a estudante Marinna Sá. “Se o MEC não usa questões inéditas, a gente não tem nada a ver com isso”, completa.
Para Marinna, não houve má-fé por parte do colégio. “Não foi só de véspera de prova (a entrega da revisão) como estão dizendo nas redes sociais. São questões pré-testadas e a que todo mundo tinha acesso. Nenhum colégio tem o direito de desmerecer o nosso trabalho, o trabalho dos nossos professores”, defende.
“Acho injusto ter de refazer, mas se essa for a decisão, a gente vai fazer e vai ter sucesso do mesmo jeito”, disse outra estudante, que pediu para não ser identificada.
Os alunos, no entanto, confirmaram que não é comum o colégio distribuir material sem a logomarca. Mas disseram não ter estranhado a iniciativa porque estão habituados a resolver diferentes apostilas ao longo do ano como método de preparação para o Enem.
Possibilidade de cancelamento do Enem preocupa estudantes em Alagoas
Anna Cláudia Almeida – Repórter
A possibilidade do cancelamento das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) devido a um suposto vazamento de questões no estado do Ceará deixa, novamente, em xeque a credibilidade da nova forma de ingresso nas faculdades brasileiras. A avaliação ocorreu no último final de semana, e mais de 75 mil estudantes estavam inscritos em Alagoas.
Foi com surpresa que Edjania Porfírio recebeu a notícia de que a prova poderá ser anulada. Aluna da rede pública estadual em Arapiraca, a jovem de 21 anos afirma ainda não acreditar que o Enem esteja envolvido nesta nova polêmica. “Ano passado tivemos toda aquela confusão com as provas e parecia que desta vez tudo estava caminhando da maneira mais correta”.
Edjania Porfírio, que pretende ingressar no curso de Administração, chegou a conferir o gabarito das questões, divulgado pela empresa responsável pelo exame, e se mostrou satisfeita com seu desempenho. Agora, a expectativa da decisão de que uma nova prova possa ser aplicada, deixa a estudante receosa quanto à credibilidade da avaliação.
“Acredito que todos os estudantes ficaram angustiados, temerosos com essa notícia. Isso é muito chato porque passamos um ano nos preparando, estudando, fazemos a prova, ficamos na expectativa do resultado e de repente somos surpreendidos com esse suposto vazamento de questões”, desabafou a estudante.
A indignação é compartilhada também pela estudante Thauany Alves, 17 anos, que luta para entrar no curso de Medicina. Ela lembra que questões semelhantes são comuns de serem encontradas em provas de vestibular, diferente do que ocorreu no caderno do simulado em Fortaleza.
“As questões são idênticas e isso é um absurdo. Não tem lógica ver questões iguais e justamente o simulado foi aplicado semanas antes do exame e fica evidente que houve vazamento”, disse a jovem que elogia o método utilizado pelo Enem, mas vê com maus olhos todos os problemas que já se tornaram constantes.
Quando o assunto é uma nova aplicação de provas, a estudante é categórica. “As provas que têm questões iguais foram as de ciências naturais. Concordo que somente esta seja aplicada, mas o aluno ter que se submetido a uma nova maratona de provas é muito complicado”, desabafou.
Já Amanda Farias, aluna da rede particular de ensino em Maceió, disse que apesar de ter feito uma boa prova, não acha que seria prejudicada com uma nova avaliação. “Mas isso não significa que todo mundo pense da mesma forma. Acho que muita gente se sentirá lesada”.
O vazamento da prova já era algo esperado, segundo Ernesto Stadtler, o diretor pedagógico de uma escola particular de Maceió. Ele explica que existem muitos riscos em uma avaliação aplicada nacionalmente. “Não teremos segurança suficiente para evitar que não ocorram vazamentos. O Enem vai ter problemas todos os anos e não há como garantir o contrário”.
Para Stadtler, a única solução viável seria a regionalização do processo, onde cada universidade ficaria responsável pela aplicação, como acontecia nos antigos vestibulares. “A Copeve esteve à frente no vestibular da Ufal e durante anos percebemos a ausência das fraudes”, lembra.
Além dos prejuízos financeiros, Stadtler afirma que o maior prejudicado em todo o processo são os alunos. “Eles perdem o estímulo de estudar. O fato de alguém se sair bem numa prova não é garantia que em outra avaliação aconteceria o mesmo”.
A reportagem de OJornal conversou com o secretário da Copeve, Zeuxis Morais, que afirmou que, em Alagoas, a instituição não acompanhou nem foi a responsável pela aplicação das provas. Ele disse que está se informando sobre o assunto através da imprensa e espera que não a prova não seja anulada.
Foi com surpresa que Edjania Porfírio recebeu a notícia de que a prova poderá ser anulada. Aluna da rede pública estadual em Arapiraca, a jovem de 21 anos afirma ainda não acreditar que o Enem esteja envolvido nesta nova polêmica. “Ano passado tivemos toda aquela confusão com as provas e parecia que desta vez tudo estava caminhando da maneira mais correta”.
Edjania Porfírio, que pretende ingressar no curso de Administração, chegou a conferir o gabarito das questões, divulgado pela empresa responsável pelo exame, e se mostrou satisfeita com seu desempenho. Agora, a expectativa da decisão de que uma nova prova possa ser aplicada, deixa a estudante receosa quanto à credibilidade da avaliação.
“Acredito que todos os estudantes ficaram angustiados, temerosos com essa notícia. Isso é muito chato porque passamos um ano nos preparando, estudando, fazemos a prova, ficamos na expectativa do resultado e de repente somos surpreendidos com esse suposto vazamento de questões”, desabafou a estudante.
A indignação é compartilhada também pela estudante Thauany Alves, 17 anos, que luta para entrar no curso de Medicina. Ela lembra que questões semelhantes são comuns de serem encontradas em provas de vestibular, diferente do que ocorreu no caderno do simulado em Fortaleza.
“As questões são idênticas e isso é um absurdo. Não tem lógica ver questões iguais e justamente o simulado foi aplicado semanas antes do exame e fica evidente que houve vazamento”, disse a jovem que elogia o método utilizado pelo Enem, mas vê com maus olhos todos os problemas que já se tornaram constantes.
Quando o assunto é uma nova aplicação de provas, a estudante é categórica. “As provas que têm questões iguais foram as de ciências naturais. Concordo que somente esta seja aplicada, mas o aluno ter que se submetido a uma nova maratona de provas é muito complicado”, desabafou.
Já Amanda Farias, aluna da rede particular de ensino em Maceió, disse que apesar de ter feito uma boa prova, não acha que seria prejudicada com uma nova avaliação. “Mas isso não significa que todo mundo pense da mesma forma. Acho que muita gente se sentirá lesada”.
O vazamento da prova já era algo esperado, segundo Ernesto Stadtler, o diretor pedagógico de uma escola particular de Maceió. Ele explica que existem muitos riscos em uma avaliação aplicada nacionalmente. “Não teremos segurança suficiente para evitar que não ocorram vazamentos. O Enem vai ter problemas todos os anos e não há como garantir o contrário”.
Para Stadtler, a única solução viável seria a regionalização do processo, onde cada universidade ficaria responsável pela aplicação, como acontecia nos antigos vestibulares. “A Copeve esteve à frente no vestibular da Ufal e durante anos percebemos a ausência das fraudes”, lembra.
Além dos prejuízos financeiros, Stadtler afirma que o maior prejudicado em todo o processo são os alunos. “Eles perdem o estímulo de estudar. O fato de alguém se sair bem numa prova não é garantia que em outra avaliação aconteceria o mesmo”.
A reportagem de OJornal conversou com o secretário da Copeve, Zeuxis Morais, que afirmou que, em Alagoas, a instituição não acompanhou nem foi a responsável pela aplicação das provas. Ele disse que está se informando sobre o assunto através da imprensa e espera que não a prova não seja anulada.
Fonte: O Jornal Web
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